Foto: Reprodução / Facebook
A enfermeira Fernanda Sante Vieira, de 35 anos, morta nesta
sexta-feira (22), pelo ex-marido, Ismael dos Santos Prazeres, de 37,
havia prestado queixa contra ele por calúnia, injúria e violência
doméstica, em maio. A Polícia Civil pediu à Justiça que fossem adotadas
medidas protetivas para preservar a segurança dela, pois Fernanda se
sentia ameaçada por Prazeres. A Justiça negou. Na manhã desta
sexta-feira (22), o ex-marido foi preso em flagrante por matar Fernanda,
em frente a uma Unidade Básica de Saúde, na Praça da República, no
centro de São Paulo. Em maio, Fernanda relatou aos policiais da 4ª
Delegacia da Mulher, na zona norte, que foi casada por seis anos com
Prazeres e estava separada há seis anos. E que, nos últimos meses, ele
dizia que os namorados dela poderiam estuprar a filha deles, de 8 anos.
No boletim de ocorrência consta que ela estava desesperada, pois tem
"muito receio do que o autor possa fazer em seu desfavor". A polícia
pediu no dia 17 de maio que a Justiça determinasse medidas protetivas à
enfermeira. No dia 1º de junho, a juíza Camila de Jesus Mello Gonçalves
negou o pedido. A magistrada considerou que o caso não era de violência
doméstica, pois o motivo eram discussões sobre a guarda da criança "sem
substancial alegação de violência do requerido (Ismael) contra o
demandante (Fernanda)". A juíza no final da sua decisão completa
afirmando que "os elementos são frágeis, haja vista a violência que se
vislumbra na intensa disputa pela filha, desde a separação, a qual não
se confunde com violência baseada no gênero". Procurado, o Tribunal de
Justiça de São Paulo não se manifestou até as 18h15.
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