A rádio oficial do grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou
nesta segunda-feira o massacre de Orlando (Flórida, EUA), cometido por
um "soldado do califado", que deixou 50 mortos e deixou 53 feridos em
uma boate gay. "Deus permitiu ao irmão Omar Mateen, um dos soldados do
califado nos Estados Unidos, lançar uma ghazwa (termo islâmico para
designar um ataque) em uma discoteca de sodomitas na cidade de Orlando,
conseguindo matar e ferir mais de 100 deles", afirma o boletim da Rádio
Al-Bayan do EI. As autoridades norte-americanas estão sendo cautelosas
em relação ao ataque. Até agora, confirmam apenas que Omar Mateen, de 29
anos e descendente de afegãos, foi o responsável pelo massacre. O FBI
disse ainda que o atirador comprou ao menos duas armas de fogo nas
últimas semanas e que trabalhou como segurança. Além disso, Mateen foi
alvo de investigação em 2013 após comentários "inflamatórios" no
ambiente de trabalho e manteve ligações com um suspeito de planejar um
ataque a bomba em 2014. Porém, a polícia federal norte-americana não
confirmou a ligação entre o massacre e o EI. O curto comunicado do EI
foi distribuído por meio do Telegram, um aplicativo de mensagens. O
texto diz que o ataque "visou uma boate para homossexuais". A polícia da
cidade norte-americana de Orlando começou a divulgar o nome de algumas
das vítimas do ataque a boate gay Pulse. As autoridades já classificaram
o episódio como um dos maiores ataques a tiros da história dos Estados
Unidos. Este foi o segundo ataque na cidade em pouco mais de 24 horas,
depois que a cantora Christina Grimmie, ex-participante do programa de
TV "The Voice", foi morta, sexta-feira, por um homem que a atacou após
um show. O teatro onde Christina foi agredida fica a seis quilômetros da
boate Pulse. (EM)
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