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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Mãe de vítima de estupro coletivo diz que tentou evitar fuga dos suspeitos


Mãe de vítima de estupro coletivo diz que tentou evitar fuga dos suspeitos
Ao flagrar jovens com a filha, mãe tentou impedir a fuga do quatro suspeitos.
Jovem foi encontrada desacordada e sem roupas no banheiro de um ginásio.

A mãe da garota de 14 anos vítima de um estupro coletivo na cidade de Pajeú do Piauí, distante 460 km de Teresina, no Sul do estado, relatou nesta quarta-feira (8) que tentou impedir a fuga dos quatro suspeitos ao encontrá-los sem roupas juntos com sua filha, que estava desacordada e também despida dentro de um banheiro do ginásio poliesportivo da cidade.
Vítima chega à Gerência de Polícia do Interior para prestar depoimento (Foto: Beto Marques/G1) 
Vítima chega à Gerência de Polícia do Interior para
prestar depoimento (Foto: Beto Marques/G1)
“Eu escutei um gemido no banheiro. Quando eu entrei, eu bati na porta do banheiro e vi os quatro caras pelados. Todos pelados e ela já deitada no chão sem roupas, desmaiada. Aí eu fechei a porta do banheiro e pedi socorro pro guarda que estava no outro lado, só que eu não tive força para ‘sustentar’ a porta. Eles arrombaram, bateram na porta e saíram correndo, todos pelados. Mãe nenhuma aguenta isso que estou passando. Eu sinto muita angústia”, disse em entrevista para a TV Clube, afiliada Globo do Piauí.
Segundo a polícia, menina foi violentada dentro de banheiro do ginásio poliesportivo (Foto: Erivaldo Paraguai/Arquivo Pessoal) 
Segundo a polícia, menina foi violentada dentro no
ginásio (Foto: Erivaldo Paraguai/Arquivo Pessoal)
De acordo com a polícia, quatro pessoas são suspeitas de participação no estupro, entre elas, três adolescentes. O crime ocorreu na noite dessa terça-feira (7) em um ginásio poliesportivo e a menina foi encontrada desacordada pela mãe em um dos banheiros do local.
A menina, que também participou da entrevista, contou que tomou um refrigerante oferecido pelos suspeitos e depois disso só lembrar que acordou no hospital. “Disseram para mim que era uma coca (refrigerante) e eu disse 'não, não quero tomar', insistiram até que uma hora eu tomei e depois de dois copos eu já não lembro o que aconteceu. Foi a hora que eu me apaguei. Só fui lembrar o que estava acontecendo quando eu estava no hospital”, afirmou a vítima.
A mãe contou que a menina está com várias marcas pelo corpo, inclusive nos seios, que teriam sido causadas pelos suspeitos. “Ela está toda marcada. Ela está toda marcada nos seios. A coisa mais horrível que tem”, falou a mãe.
Ainda na noite de terça-feira a menina foi encaminhada para Teresina para ser submetida a exames e na manhã desta quarta-feira (8) recebeu atendimento no Serviço de Atenção a Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Sanvis) na Maternidade Dona Evangelina Rosa.
Vítima e familiares prestaram depoimento a uma delegada na Delegacia Geral ainda nesta quarta. Os três adolescentes foram apreendidos e o adulto detido. Todos estão na delegacia de Canto do Buriti. Em depoimento à polícia, os suspeitos falaram que ofereceram bebida alcoólica e que o ato sexual teria sido consentido.
Outros casos de violência sexual
No dia 20 de maio, quatro adolescentes foram apreendidos e um rapaz de 18 anos foi preso por suspeita de participação no estupro coletivo de uma garota de 17 anos, encontrada em uma obra abandonada, amarrada e amordaçada. Seis dias após as detenções, uma decisão judicial  mandou que os menores fossem liberados da delegacia. Eles seguem sendo investigados em liberdade.

Os advogados dos adolescentes suspeitos, Osorio Filho e Paulo de Tarso, afirmaram que vários pontos mostrados na investigação mostram que não houve participação dos jovens no crime. Segundo os advogados, a vítima não reconhece os quatro adolescentes como sendo seus agressores.

Um outro estupro coletivo ocorrido em Castelo do Piauí, Norte do estado, chocou o país pelos requintes de crueldade praticados contra quatro amigas que saíram para fotografar em um ponto turístico da cidade. O crime aconteceu no dia 27 de maio do ano passado.

Quatro menores e mais um adulto, identificado como Adão José da Silva Sousa, foram apontados pelo Ministério Público Estadual e pela polícia como autores da série de atrocidades cometidas contra quatro garotas que foram estupradas, agredidas e arremessadas do alto de um penhasco de cerca de 10 metros de altura. Uma delas, Daniely Rodrigues, não resistiu aos graves ferimentos e morreu após 10 dias internada na UTI do Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Piauí não aceitou a tese de que os três adolescentes condenados pelo estupro coletivo de Castelo do Piauí não tiveram participação no crime e foram obrigados admitir culpa. O recurso da Defensoria Pública, julgado nesta sexta-feira (3), pedia a absolvição dos jovens por falta de provas, mas o argumento não foi aceito pelo pleno do TJ, que decidiu pela manutenção da medida sócio educativa. O quatro adolescente envolvido, foi espancado até a morte dentro do alojamento do Centro Educacional Masculino (CEM) quando já cumpria medida socioeducativa.

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