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Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (21/6), a
Operação Turbulência, com o objetivo de desarticular organização
especializada em lavagem de dinheiro que atuava em Pernambuco e Goiás e
que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010. A investigação
começou com a análise de movimentações financeiras suspeitas nas contas
de empresas envolvidas na aquisição da aeronave Cessna Citation PR-AFA,
que transportava Eduardo Campos, então candidato à presidência da
república, no acidente fatal, em agosto de 2014. Segundo a PF, as
empresas eram de fachada, constituídas em nomes de “laranjas” e que
faziam transações entre si e com outras empresas fantasmas, incluindo
companhias investigadas pela Operação Lava-Jato. A suspeita é que parte
desses recursos serviam de propina a políticos e formação de "caixa
dois" de empreiteiras. O esquema estava ativo, no mínimo, desde 2010.
Cerca de 200 policiais federais cumprem 60 mandatos jucidiais, sendo 33
de busca e apreensão, 22 de condução coercitiva e cinco de prisão
preventiva. Segundo apurou o Correio, a Polícia Federal já prendeu João
Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Eduardo Freire Bezerra Leite, em São
Paulo. Eles seguem para Recife em um voo comercial. Também foram presos
Apolo Santana Vieira e Arthur Lapa Rosal. Os mandados judiciais estão
sendo cumpridos em 16 cidades pernambucanas, além do Aeroporto de
Guararapes. Também há três buscas e duas conduções coercitivas sendo
cumpridos em Goiás. Tanto os presos como os conduzidos coercitivamente
serão levados para a sede da Polícia Federal em Recife. Os envolvidos
responderão, na medida do grau de participação no esquema criminoso, nos
crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade
ideológica. (Estado de Minas)
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