Foto: Montagem/ Bahia Notícias
Já conhecido por seu expressivo posicionamento político, o
ator Wagner Moura afirmou, nesta terça-feira (11), que não sabe se o
Capitão Nascimento - um de seus personagens mais famosos, dos filmes
Tropa de Elite - colocaria o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, "no
saco" devido a atitudes polêmicas do parlamentar. "Eu não sei o que ele
faria. Eu não colocaria ninguém no saco", disse. O ator baiano esteve em
Salvador para apresentar o projeto do filme sobre o político e
guerrilheiro Carlos Marighella, do qual será diretor,
ao governador Rui Costa. Para Moura, o atual cenário político do Brasil
pode ser classificado como "complexo". "É um momento de evidente
dificuldade para o governo. Eu acho que o trabalho da Polícia Federal e
do Ministério Público tem que ser feito, agora acho que tem um movimento
muito perigoso", disse o ator sobre os movimentos contra o governo.
Moura considera o acirramento da última eleição e a velocidade da
evolução de acusações contra o PT elementos cruciais para o crescimento
de "uma direita muito ruim, muito perigosa, que sempre viveu ali
escondida e que agora botou a cara para fora". Apesar de reconhecer que o
movimento é democrático, ele acredita que a pressão exercida é negativa
para o país, citando inclusive a atuação de Cunha. "A forma com que a
oposição está se comportando nesse momento é muito irresponsável. Acho
que o pedido de impeachment da presidente é um negócio golpista quase".
Ainda assim, o ator reconheceu que, em momentos de crise, o Brasil se
torna maniqueísta, com uma dicotomia "geralmente burra", tanto para os
grupos totalmente à direita, quanto totalmente à esquerda. "A esquerda
também não fazer uma 'mea culpa' com relação ao que aconteceu, não
reconhecer a crise que está vivendo é equivocado. Mas a direita tem se
comportado em uma clara disputa de poder, não de projeto pelo país, que o
PT tem o mesmo problema. Quem fica no meio fica em um lugar difícil",
avaliou.
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