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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

“Não podemos ter BOPE na Bahia” afirma Hilton Coelho em audiência da OAB-BA


“Não podemos ter BOPE na Bahia” afirma Hilton Coelho em audiência da OAB-BA
Vereador Hilton Coelho | Foto: Angelino de Jesus/OAB-BA
O vereador Hilton Coelho (PSOL) fez um “balanço extremamente positivo” daaudiência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção BA (OAB-BA) desta quinta-feira (26), que discutiu a ação policial que, na madrugada do último dia 6, acarretou na morte de 12 pessoas, na Estrada das Barreiras, bairro do Cabula, em Salvador. Em entrevista ao Bahia Notícias, Coelho afirmou que “a vida ganhou” com o evento. “Tivemos um debate muito profundo de como vamos caminhar daqui pra frente. Acho que foi uma composição de campos que pareciam estar em franca oposição. Aqui, se chegou a sínteses poderosas. Eu falo de policiais, comunidade e pessoal dos movimentos sociais. Esses, que seriam, supostamente, campos opostos, chegaram a sínteses poderosas”, relatou. O vereador disse também que o debate criou uma certeza: é necessário mudar o modelo de segurança pública. “Para isso, por exemplo, o governo terá que rever sua posição de construção, por exemplo, do BOPE na Bahia. Eu acho que isso foi ponto pacífico. Não podemos ter BOPE na Bahia. Precisamos de outra política de segurança que não seja essa que estimule a letalidade e, sim, que consiga dialogar com o direito da população, inclusive, com a própria segurança pública”, ressaltou. Quando perguntado sobre se concordava com declaração de Geraldo Reis, secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do estado, que afirmou, em seu discurso, que a “guerra não pode ser transformada em uma guerra entre policiais militares e população negra”, Hilton afirmou: “existe situação de agressividade que não interessa a nenhum dos dois setores. É por isso que falamos de políticas de segurança. E nós queremos falar também de políticas para a juventude”, afirmou. “Não é possível destacar o problema da segurança pública concretamente discutindo o orçamento do governo do Estado, sem observar que o governo cortou R$ 264 milhões da educação. Isso vai ter uma decorrência clara no nível da tensão da juventude baiana daqui pra frente. Tudo isso tem que ser discutido de maneira global e não em uma redução da questão de segurança pública, sobre essa realidade social que o policial, inclusive, está inserido”, complementou.  Hilton Coelho ainda comentou sobre como a Câmara de Vereadores da cidade está acompanhando as investigações sobre as mortes no Cabula. “Bom, nós temos duas comissões que se relacionam diretamente com a defesa dos direitos humanos. A Comissão de Defesa do Direito da Criança e do Adolescente e a Comissão de Reparação. Outros coletivos se juntaram para fazer esse debate sobre a questão do extermínio. Isso se revelou na nossa participação na manifestação (realizada no dia 11 de fevereiro), que foi organizada pelos movimentos sociais, e agora também com a participação na mesa”, disse. “A Câmara de Vereadores, através dessas comissões e dos coletivos, teve, no ano passado, uma postura ativa e a gente pretende que essa postura ativa se estenda ainda mais e estamos muito esperançosos com essa motivação que vem acontecendo nos últimos tempos”, afirmou. 

Fonte:BN

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