O diretor do Casa de Detenção de São Luís (MA),
Cláudio Barcelos, foi detido preventivamente, na manhã de hoje (15), por
policiais civis da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
Investigado há mais de um ano, Barcelos é suspeito de facilitar a fuga de
presos. Além disso, segundo a assessoria da Secretaria de Estado de Justiça e
Administração Penitenciária (Sejap), também está sendo apurada a hipótese de
que, mediante pagamento, detentos eram autorizados a deixar a unidade
irregularmente e retornar após cometerem crimes. A Casa de Detenção é uma das
várias unidades penais que formam o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, maior
estabelecimento prisional do Maranhão. Palco de constantes rebeliões, fugas,
brigas e assassinatos de presos, Pedrinhas já contabiliza 16 detentos mortos só
este ano. O último homicídio no interior do presídio foi confirmado no sábado a
noite (14). Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Administração
Penitenciária (Sejap), Eduardo Cesar Viegas Cunha foi morto na Central de
Custódia de Presos de Justiça (CCPJ). Um inquérito policial foi instaurado para
apurar as circunstâncias da morte. Em 2013, dados do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), mostram pelo menos 60 mortes. Na noite da última quarta-feira
(10), 36 detentos fugiram do Centro de Detenção Provisória (CDP) depois que
bandidos atiraram um caminhão-caçamba contra o muro do complexo. O choque
proposital abriu um grande buraco no muro de concreto, por onde os presos
fugiram. Segundo a assessoria da Sejap, apenas três dos fugitivos haviam sido
capturados até esta manhã. Além dos presos que conseguiram escapar, quatro
ficaram feridos e um foi recapturado. Também partiram do interior do complexo
ordens para que os bandidos atacassem delegacias da região metropolitana da
capital maranhense e ateassem fogo em ônibus, no início de janeiro deste ano. O
episódio resultou na morte da menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos.
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