Depen informou quatro mortes; dois decapitados e dois atirados do telhado.
Negociações foram interrompidas e devem ser retomadas segunda (25).
Presos reclamam da estrutura, alimentação e higiene da
unidade (Foto: Reprodução RPC TV)
unidade (Foto: Reprodução RPC TV)
O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) informou que pelo menos
quatro detentos morreram durante uma rebelião na Penitenciária Estadual
de Cascavel
(PEC), no oeste do Paraná. Dois deles foram decapitados, e outros dois
morreram após serem atirados de cima do telhado na PEC. Há relatos de
mais feridos, mas o número não foi confirmado pelo Depen.
As negociações na tentativa de encerrar a rebelião foram interrompidas
às 20h, e devem ser retomadas na manhã desta segunda-feira (25). Ainda
conforme o Depen, dois agentes penitenciários continuavam sendo feitos
reféns pelo detentos até a atualização desta reportagem.
Negociação
A comissão de negociação é formada pela secretária de Justiça do Paraná, Maria Tereza Uillie Gomes, pelo diretor do Depen, Cezinando Paredes, pelo comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Cícero Tenório, e pelo Juiz da Vara de Execuções penais, Paulo Damas. Com a retirada do grupo, ficaram no local apenas os policiais responsáveis pela segurança.
A comissão de negociação é formada pela secretária de Justiça do Paraná, Maria Tereza Uillie Gomes, pelo diretor do Depen, Cezinando Paredes, pelo comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Cícero Tenório, e pelo Juiz da Vara de Execuções penais, Paulo Damas. Com a retirada do grupo, ficaram no local apenas os policiais responsáveis pela segurança.
Segundo o Depen, os rebelados pedem relaxamento nas visitas, mais
diálogo com a direção da unidade e refeições melhores. A água e a luz
foram cortadas na peniteciária desde o começo da tarde.
Durante o dia, 75 presos foram transferidos para a Penitenciária
Industrial de Cascavel (PIC), que fica próxima a PEC. O grupo era
formado por detentos que estavam sendo ameaçados pelo rebelados. Outros
68 serão encaminhados para a Penitenciária de Francisco Beltrão, no
sudoeste do estado, e mais seis vão ser transferidos para a
penitenciária de Maringá, na região norte do Paraná.
Polícia retoma negociações com presos em Penitenciária de Cascavel
Presos estão rebelados desde as 6h30 de domingo (24), no oeste do PR.
Dois agentes penitenciários são mantidos reféns e 4 presos foram mortos.
Presos reclamam da estrutura, alimentação e
higiene da unidade (Foto: Reprodução RPC TV)
higiene da unidade (Foto: Reprodução RPC TV)
As negociações para o fim da rebelião na Penitenciária Estadual de
Cascavel (PEC), no oeste do Paraná, foram retomadas às 7h55 desta
segunda-feira (25). A informação foi confirmada pela Secretaria da
Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju). Os detentos estão rebelados desde as 6h30 de domingo (24) e exigem relaxamento nas visitas, mais diálogo com a direção da unidade e refeições melhores.
A conversa com os presos tinha sido suspensa desde as 20h de domingo.
Dois agentes penitenciários são feitos reféns e, de acordo com o capitão
Cícero Tenório, da Polícia Militar, "os dois tiveram a integridade
física preservada e estão bem". Quatro detentos morreram − dois deles
foram decapitados e dois foram atirados de cima do telhado na PEC. Até
as 8h30 desta segunda, os corpos não tinham sido retirados do interior
da unidade.
Outros dois presos ficaram feridos e tiveram de ser levados para o
Hospital Universitário (HU). Um foi atendido e ao ser liberado foi
transferido para a Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC). Outro,
que teve uma das pernas quebradas ao se jogar do telhado, segundo a
Seju, permanecia internado.
A segurança no local vem sendo reforçada por policiais militares de várias cidades do estado.
Carro e ônibus foram incendiados entre a noite de
domingo e madrugada desta segunda
(Foto: Reprodução / RPCTV)
domingo e madrugada desta segunda
(Foto: Reprodução / RPCTV)
Entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda, um carro e um
ônibus do transporte urbano foram incendiados. O carro estava no pátio
da Prefeitura Municipal de Cascavel. Um vigilante disse que indivíduos
passaram pelo local, jogaram gasolina sobre o veíuculo e atearam fogo.
Já o coletivo estava em uma rua do bairro Floresta. A polícia não
soube informar se os atos de vandalismo têm alguma ligação com a
rebelião dos presos.
De acordo com o advogado dos agentes penitenciários, Jairo Ferreira, a
rebelião teve início no momento em que um agente foi entregar o café da
manhã aos detentos. O trinco da grade estava serrado, o que permitiu aos
presos puxarem o agente para dentro e darem início à rebelião. Ainda
segundo o advogado, apenas dez agentes estavam de plantão no presídio
que é ocupado por mais de mil presos.
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A comissão de negociação com os detentos é formada pela secretária de
Justiça do Paraná, Maria Tereza Uillie Gomes, pelo diretor do
Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Cezinando Paredes, pelo
comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Cícero Tenório, e
pelo Juiz da Vara de Execuções penais, Paulo Damas.
Transferências
Durante o domingo, 77 presos foram transferidos para a PIC, que fica próxima a PEC. O grupo era formado por detentos que estavam sendo ameaçados pelo rebelados. Outros 68 foram encaminhados para a Penitenciária de Francisco Beltrão, no sudoeste do estado, e mais seis devem ser transferidos para a penitenciária de Maringá, na região norte do Paraná, e para Curitiba.
Durante o domingo, 77 presos foram transferidos para a PIC, que fica próxima a PEC. O grupo era formado por detentos que estavam sendo ameaçados pelo rebelados. Outros 68 foram encaminhados para a Penitenciária de Francisco Beltrão, no sudoeste do estado, e mais seis devem ser transferidos para a penitenciária de Maringá, na região norte do Paraná, e para Curitiba.
Prejuízo
Após iniciar o motim, os detentos invadiram o telhado da penitenciária, queimaram colchões e hastearam bandeira de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios no país. Conforme Ferreira, cerca de 80% da unidade está destruída.
Após iniciar o motim, os detentos invadiram o telhado da penitenciária, queimaram colchões e hastearam bandeira de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios no país. Conforme Ferreira, cerca de 80% da unidade está destruída.
Familiares dos presos chegaram a fechar a BR-277, de acordo com a
Polícia Rodoviária Federal (PRF). As duas pistas da rodovia ficaram
bloqueadas por 40 minutos no km 579, próximo ao trevo de acesso à
penitenciária. Filas de veículos se formaram nos dois sentidos.
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